18 de setembro de 2019

Remédio universal

Por José Carlos Sá

Com infecção no ouvido esquerdo, tomei o mesmo remédio prescrito para quem quebrou a perna (Ilustra internet)

Em um domingo – dos distantes anos 1980 – tive uma crise de infecção auditiva. Segunda-feira fui para o quartel, lá em Lagoa Santa (distante 53,4 km da minha casa), sentia muitas dores no ouvido esquerdo. O médico de plantão determinou a minha “baixa” (internação) no hospital. Fui para a enfermaria, onde recebi a companhia de outros doentes: um com o pé quebrado, outro com o braço ‘destroncado’, mais um com desinteria, enfim, éramos seis, como no romance da Maria José Dupré, cada um com um mal.

Os males eram vários mas o remédio era o mesmo. Uma panaceia, da qual não lembro o nome. Para piorar, na sexta-feira, quando deveríamos ter alta, alguém entendeu que teríamos que continuar internados até segunda-feira, para justificar o funcionamento do hospital no final de semana.

Resultado, meus cinco colegas de enfermaria fugiram, “alta por fuga”. Eu, que era o ‘graduado’ – cabo – tive que responder a Inquérito Policial Militar sobre o assunto. Só declarei que não ouvi a trama e que estava dormindo quando fugiram.

Para encerrar, fiquei surdo do ouvido esquerdo pela soma de infecções a que fui cometido e só uso o aparelho auditivo quando convém…

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Éramos seis FAB Lagoa Santa Maria José Dupré 

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