O Mapinguari, o Curupira, o Boitatá, a Cobra Grande, o Saci Pererê, a Mula sem cabeça, todos estes seres míticos que povoaram nossa imaginação infantil estão ameaçados de extinção. Há um movimento fundamentalista no Brasil que quer acabar com livros que contenham como personagens “seres mágicos”.
É o que narra a reportagem de Maurício Meirelles, publicada na edição de hoje (27/07) da Folha de S. Paulo, intitulada “Damares inspira caça às bruxas e seres mágicos da literatura infantil“. O texto cita pressões que autores e editoras de livros que tenham estes elementos folclóricos – nossos ou herdados dos europeus e africanos -, sejam banidos.
Na minha infância e de meus irmãos – acredito de muitos contemporâneos também – quando não tínhamos televisão, a família sentava-se ao pé do fogão de lenha para ouvir as histórias que o nosso pai contava. Quanto mais assustadora, melhor! A babá da minha irmã também tinha um estoque infindável de histórias de bruxas e lobisomens. Tudo isso despertava e desenvolvia nossa imaginação. Eu, da minha parte, continuei a ler e pesquisar sobre mitologia amazônica ou grega, e vejo esse movimento como mais uma grande bobagem e falta do que fazer.
Mas que o mundo está ficando muito chato, está!