A comoção nacional que se abateu sobre o Brasil após o trágico incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, deve ser canalizada para evitar que outros incêndios aconteçam. O jornalista Júlio Olivar fez, na página dele no Facebook, um diagnóstico dos museus existentes ou que já existiram em Rondônia. Vou resumir:
Museu do Índio – Fechado há 30 anos para reforma e nunca mais foi reaberto;
Memorial Governador Jorge Teixeira – Só existe ainda por causa de alguns abnegados;
Museu da Memória de Rondônia (Palácio Presidente Vargas) – Igualmente fruto de idealismos de poucos;
Centro de Documentação Histórica – Por pouco não foi extinto;
Museu Casa de Rondon, em Vilhena: Esse ainda não foi recuperado. O Ministério da Defesa não abre mão da área;
Prédio do Relógio – antiga administração da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré – seria reformado para abrigar o Memorial de Porto Velho. Na data de início das obras, conta Júlio, o prédio foi retirado da guarda do Estado e transferido para a Prefeitura de Porto Velho, onde seria instalado o gabinete do prefeito. Nada foi feito.
Acrescentando ao que o Júlio listou, lembro a história do Centro de Memória Indígena, que foi construído à pedido e com a supervisão do Iphan e a participação em todos os estágios de projeto e execução da Fundação Cultural de Porto Velho. O prédio ficou pronto no final do segundo mandato de Roberto Sobrinho, porém não foi colocado no orçamento para o ano seguinte nenhum centavo a ser empregado no complexo de prédios que ficam no átrio da Capela de Santo Antônio. Inclusive, moradores da vila de Santo Antônio receberam cursos para explorar comercialmente um espaço destinado a uma lanchonete. Na administração Mauro Nazif nada aconteceu. A Prefeitura não assumiu o complexo e foi preciso que o Exército Brasileiro encontrasse a destinação para os prédios, montando a exposição permanente “Rondon – Marechal da Paz”, hoje um dos lugares turísticos mais visitados na capital de Rondônia.
Assim caminha a humanidade e a insanidade.