Há alguns dias, ouvindo os comentários do Gerson Camarotti sobre a dificuldade de completarem as chapas com os candidatos a vice-presidente, fiquei pensando no nosso cenário estadual. Fui assessor de imprensa de dois vices e vi de perto que a coisa não é fácil. Minhas lembranças, no período em que estou em Rondônia:
Ângelo Angelin e o deputado Amizael Silva, então presidente da Assembleia e primeiro na linha de sucessão, não se entendiam. Angelin deixou de viajar para Washington – EUA, para assinar o convênio do Planafloro, para que Amizael não assumisse;
Jerônimo Santana e Orestes Muniz – Não houve problemas, Orestes ocupou a Secretaria de Educação e depois a de Planejamento. Mas Jerônimo não apoiou a candidatura de Orestes Muniz para sucedê-lo;
Osvaldo Piana e Assis Canuto – Se entendiam bem. Nunca soube que houve alguma rusga entre eles.
Valdir Raupp e Aparício Carvalho – Romperam em meados no mandato. O gabinete do Vice-Governador não tinha recursos para comprar material de limpeza.
José Bianco e Miguel de Souza – Se entendiam e Miguel ocupou uma secretaria durante quase todo o mandato. Saiu para desincompatibilizar.
Ivo Cassol e Odaísa Fernandes – Se entendiam no início. Com a crise do “Fantástico”, dona Odaísa caiu em desgraça com o governador e ficou na geladeira, sendo substituída no segundo mandato de Cassol;
Ivo Cassol e João Cahulla – Não há notícias que tenham tido qualquer desentendimento.
Confúcio Moura e Airton Gurgacz – Não há notícias de desentendimento entre eles. Durante uma parte do mandato, Gurgacz foi o diretor-geral do Detran;
Confúcio Moura e Daniel Pereira – No começo do segundo mandato de Confúcio, Daniel andou meio distante, depois se aproximaram.
Contei isso tudo para comentar que das atuais chapas que disputam o governo de Rondônia, em pelo menos duas, pode haver desentendimento no futuro. Me refiro a Acir Gurgacz e Neodi Oliveira e Expedito Junior e Maurício Carvalho. A aguardar.