Desde o início deste mês de agosto, como acontece todo ano, a vazante do rio Madeira e afluentes dificulta a travessia da prosaica balsa do Abunã. O governador do Acre, Tião Viana, solicitou ao governador de Rondônia que assinasse um decreto declarando “situação de emergência” para que viesse ajuda federal (o rio Madeira é considerado um rio nacional, por delimitar fronteira internacional). Prontamente o governador Confúcio Moura atendeu o colega, assinando o decreto 22.93, dia 14 de agosto.
E de lá para cá nada mudou. O decreto é a penas o primeiro passo. Depois disso outras providências devem ser tomadas junto ao Ministério da Integração Nacional. Até onde eu soube, depois do decreto nada avançou.
É bom lembrar que a dificuldade em atravessar o rio Madeira não prejudica apenas os acreanos, que podem ficar desabastecidos de alimentos e combustíveis. Nós temos um faixa de 161 quilômetros entre a Vila de Abunã e a divisa com o Acre e esse território ainda pertence a Rondônia e faz parte de Porto Velho, cujas autoridades municipais não se manifestaram em defesa aos moradores de Fortaleza do Abunã, Vista Alegre, Extrema e Nova Califórnia.
Abaixo, fotos da travessia da balsa em 2010, feitas pelo amigo Juliano Albano, que na época trabalhava no Diário da Amazônia e saiu aqui no Banzeiros: