Vendo as sucessivas notícias de paralisação de serviços públicos, como emissão de passaportes e redução das atividades da Polícia Rodoviária Federal por falta de verbas orçamentárias, lembrei-me do governo Sarney, que durante a crise não havia combustível para as aeronaves da FAB e faltava alimentação nos quartéis do Exército. Os militares eram liberados mais cedo para irem comer em casa, ficando somente a guarnição de serviço. Isso sem falar nas contínuas interrupções na construção da Usina Hidrelétrica Samuel, em Rondônia, para ficar em exemplos que me recordo sem pesquisar.
Acredito que os orçamentos, tanto do setor de passaportes, quanto da PRF, foram feitos corretamente, mas depois reduzidos no Ministério do Planejamento, antes de serem enviados ao Congresso e agora recebem outro corte raso. Quem conhece como funciona o serviço público, sabe que os técnicos que cortam os orçamentos, o fazem de forma linear, sem observar as peculiaridades de cada um setor que deixará de receber as verbas previstas, por isso esse descompasso todo.
A tristeza é saber o tanto de impostos que pagamos, que é mau usado, e chegamos a essa vergonha pública, a essa penúria.