28 de maio de 2017

Lei do retorno

Por José Carlos Sá

Esta história ouvi sem querer, enquanto aguardava ser atendido na distribuidora:

– Eu estava voltando para casa na moto, quando apareceram três policiais, também de moto, e mandaram eu parar. Como eu já sei dos ‘paranauê’, parei, desliguei a moto, tirei o capacete e já fui encostando no muro com as mãos para cima. O policial que me abordou era baixinho, entroncadinho – acho por causa do colete – e pediu os documentos meus e da moto. Quando abaixei a mão para pegar a carteira no bolso, ele me deu um soco no estômago, que caí no chão!

– Mas por quê? Perguntou o interlocutor.

– Não sei, cara, não falei nada, nem ofendi ninguém. Me levantei já com a mão fechada e dei uma porrada na cara do policial. Acordei na Central de Polícia.

– Eles bateram em você?

– Tô falando, só acordei na Central. O delegado perguntou porque eu bati no polícia. Eu contei que ele me bateu primeiro. O ‘hómi’ me liberou, mas agora tô cabrero…

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Ouvindo de passagem PM-RO Porto Velho Zona Leste 

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