O Governo Federal anunciou ontem um corte profundo nas verbas de investimentos e custeios. R$ 42,1 bilhões no total, entre cortes em emendas parlamentares – obrigatórias e não obrigatórias -, nos repasses para os Poderes, em obras do PAC e nos Ministérios e órgãos federais. Não duvido nada que este corte atinja os 1 bilhão de reais em obras prometidos na sexta-feira da semana passada.
O pacote dos sonhos (The package of dreams) prometidos pelo Dnit, onde estão incluídos projetos encalhados: recuperação de rodovias federais em Rondônia; viadutos (das almas) da capital; pontes de concreto nas BRs 425 (Guajará-Mirim) e 429 (Vale do Guaporé); ponte sobre o rio Madeira, em Abunã. Como o pacote é prometido para ocorrer em cinco anos, vamos diluir os nossos sonhos a longo prazo…
No passado, a mesma coisa aconteceu com a construção da Hidrelétrica Samuel, cujos recursos entravam e saiam do orçamento, conforme o humor dos ministros do Planejamento e da Fazenda de plantão. A construção começou em 1982 e só foi inaugurada 1997, 15 anos depois de iniciada.