01 de agosto de 2016

Brincando com o anunciante

Por José Carlos Sá

radioGosto de ouvir rádio desde criança. Primeiro, pela curiosidade de saber como aquelas vozes saiam da caixa (Olhei, sim, por trás do aparelho para ver se havia ‘serumaninhos’ lá dentro). Depois, ensinaram-me sobre as ondas hertzianas e entendi o milagre da propagação. Quando soube que queria ser jornalista, durante a faculdade, me preparei para trabalhar em rádio, o que realmente ocorreu. Depois a vida levou-me para outros caminhos e hoje sou apenas um ouvinte chato, daqueles capazes de ligar para o estúdio para comentar ou discordar do que falam.

Por isso, de vez em quando, trago algumas pérolas, como estas:

radio bobagem– “Bom meus amigos, vamos encerrando mais um programa, nesta manhã de primeiro de agosto. É mais um ano que começa nas graças de Deus!(…)”

– “Este programa tem apoio cultural da Loja XXX, que fica ali na rua YYY – Não, desculpem – Fica na avenida ZZZ, número, 000; falar com o meu amigo Fulano, não, com o Beltrano (Fulano é da outra loja…)…”

– Na “Grande Porto Velho” [?], são precisamente cinco horas e trinta e dois minutinhos… Não, não… São oito horas – o que é isso Jozimar? – e trinta e dois minutos, agora oito e trinta e três…

– Beni Andrade: “Garanta a segu…” – Everton Leoni: “Isso tudo passa…” – [Vozes no estúdio] – Beni: “Posso continuar lendo?” – Todos: “Pode…”, “Vai Beni…” – Beni: “Garanta a segurança de…” – Everton: “Podem anotar…” – Beni e barulho de porrada na mesa: “Vocês vão deixar eu falar?”

A minha dúvida, com isso tudo, é como os anunciantes insistem em investir neste veículo. O “Papo de Redação” justifica, mas e em outros onde confunde os nomes das lojas, os endereços, os telefones, tudo…?

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Deu na rádia Papo de Redação Porto Velho reclames 

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