No dia seguinte à escolha do presidente tampão da Câmara Federal, deputado Rodrigo Maia, os analistas políticos se debruçam sobre seus teclados para tentar definir quem ganhou e quem perdeu. Eu digo ‘tentar’, por que ninguém sabe mesmo com certeza se o Planalto ganhou ou perdeu; se o PT (presidente Dilma/Lula) ganhou ou perdeu; se o ainda deputado (#saidaicunha) Eduardo Cunha ganhou ou perdeu.
A eleição foi cercada de muito falação e trabalho nos bastidores, de forma nunca vista na história desse país. Afinal havia (e há) muitos interesses que se cruzam. Ainda os deputados acompanham o processo de impeachment da presidente Dilma, que está no Senado, e a cassação do deputado Cunha, que estica mais que novela mexicana.
O mais interessante, neste caso, é que uma das partes interessadas na eleição, o ex-presidente Lula fez campanha para o candidato Marcelo Castro, que é deputado pelo PMDB, foi ministro do governo Dilma e votou contra o impeachment.
Como Sadim (Midas ao contrário), onde Lula toca vira “mirra”, como diria o Zé de Nana. No passado, o ex-presidente fez um comício em Joinville – SC, 13/09/2010, e exortou o povo que extirpasse o DEM da política. Agora, o presidente da Câmara é do DEM (hoje um partido mais fraquinho, mas vá lá) e poderá assumir a presidência na ausência do presidente interino Michel Temer. A onda vai e volta…