Uma semana para não ser esquecida.
Segunda-feira amanheceu com uma greve dos motoristas, cobradores e demais funcionários das empresas que perderam a concessão para o serviço de transporte coletivo da cidade de Porto Velho. Não sei exatamente o que reivindicavam.
A empresa que deveria ter começado a trabalhar no domingo, a Ocimar, tomou Doril.
Os patrões disseram que o problema era da Prefeitura. A Justiça do Trabalho, que poderia declarar a greve ilegal, já que 100% do transporte público foi paralisado, disse que não era com ela.
A Imprensa caripuna ficou tonta e a Semtran também.
Chamaram emergencialmente a Rovema (que havia sido derrotada na licitação), que disponibilizou 50 veículos para atender a população. A Semtran ainda liberou o taxi-lotação, os ônibus particulares, vans escolares e até bicicleta-carona-solidária. Vale ressaltar que a “bandeirada livre” NÃO foi liberada para o moto-táxi.
O sindicato (Sintetuperon, ô nominho desgraçado!) viu que a estratégia ruiu. A prefeitura viu que a estratégia de dispensar as concessionárias ruiu. Restou dar à população um breve prazer de ter (um pouco de) transporte ‘de grátis’ daqui pra acolá.
Pisando no chão, o prefeito – que foi à Brasília em busca de mais compen$açõe$ da$uzina – chamou todo mundo para um acordo: Trabalhadores voltam a trabalhar; empresas de transporte desconcessionalizadas, voltam a transportar e, para não passar por mentiroso (“Vou acabar com o monopólio do transporte coletivo”), chamou a Rovema (que havia sido derrotada na licitação) para “somar”.
E a semana termina assim: só demos o primeiro passo na areia movediça.