A greve, que não é uma greve, é o assunto da semana em Porto Velho. Fiquei acompanhando as falas sobre o assunto:
Movimento parado
Repórter 1: “Eles [grevistas] dizem que isso é um movimento, não é uma greve…”
Melhor que antes
Repórter 2: “… O senhor acha que esta demora está tranquila para o senhor ou um pouco abusiva?
Passageiro: “Acho que até agora não tá muito tranquilo, não. Mas se não demorar muito vai ficar melhor que antes. Espero que continue melhor.”
Desmentido I
Repórter 3: “… Pois é secretário, nós temos aí no transporte coletivo, 160, 170 veículos atendendo a população de mais de 90 mil passageiros. Que logística que vocês da Prefeitura estudaram para que parte da população não fique sem o transporte, usando estes 50 veículos não são suficientes?
Secretário: “Veja bem, Cícero, não são 170 ônibus circulando aqui na cidade. Eu nunca vi 170, 160 circulando. São de fato 130 que circulam no dia a dia…
Repórter 3: “Essa informação repassada, secretário, pelas próprias empresas. Para ser exato, 168 ônibus nas ruas.
Secretário: “Vamos contar?”
Desmentido II
Repórter 3: “… Secretário, o senhor participou dessa análise técnica, o senhor foi a São Paulo, o senhor foi acompanhar a situação dessa empresa (…) e chega nessa situação que não tem condições de trazer estes veículos, uma situação de que não foi a do chamamento…
Secretário: “Cícero, eu nunca fui à essa empresa. Não sei quem lhe asseverou isso. (…)”
Não é grátis
Apresentador de programa de tevê: “Essa passagem não é grátis. Você não paga na hora em que embarca nos ônibus que a Prefeitura disponibilizou emergencialmente. Quem vai pagar sua passagem é a Prefeitura, mas com o SEU dinheiro, com o NOSSO dinheiro…”
Não alterou nada
Taxista de cooperativa: “Não melhorou. Quem pega taxi continua pegando taxi. Atendemos muitas chamadas, como a do senhor. Pegar passageiro na rua é raro. Na segunda feira (5), o movimento foi bom, mas os bancários entraram em greve, aí, sim, piorou para nós. A greve do pessoal dos ônibus não alterou nada.”
Tudo grátis
Repórter-fotográfico gaiato: “Agora vamos torcer que o prefeito brigue com a Eletrobras, com a Caerd e com a Petrobras. Vai ser tudo FREE.” Cléris Muniz