Tem coisas que me incomodam sobremaneira e fico anos e anos remoendo aquilo. Um desses temas é o fim da Expovel. Já ouvi todo tipo de explicação e não consigo me convencer que a exposição foi encerrada por birra.
Não pensava mais (toda hora) no assunto até ouvir falar da Portoagro, uma feira nos mesmos moldes da Expovel, que estava sendo gestada. Primeiro soube que era iniciativa de alguns empresários, depois vi o secretário de Agricultura de Porto Velho, Leonel Bertolin, posando de pai. Agora leio que o Governo do Estado vai destinar um dote de R$ 100 milhões para o ‘rebento’ que vai arrebentar dia 27 de setembro.
Fui verificar os apoiadores da Portoagro e vi que é tudo chapa branca: Governo do Estado, via Seagri, Conder, Idaron, Emater e Banco do Povo; Assembleia Legislativa; Prefeitura de Porto Velho; Ceplac, Embrapa, Basa, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal (recursos da União);Sebrae, Fiero, Fecomércio, Faperon, Sescoop, Senar, Fetagro (recursos arrecadados em contribuição compulsória [?]); Sindicato dos Peritos Criminalistas, e a Associação dos Criadores de Zebu, para dar um verniz privado.
Se era para criar outra feira igual, com a grana saindo da mesma torneira, para que acabaram com a original e demoliram o Parque dos Tanques?