Fico triste quando vejo dinheiro público desperdiçado e para ficar triste não precisa de muito esforço, é só olhar ao redor. É elevado sem fim, é ponte sem iluminação, é rua esburacada, são prédios públicos abandonados depois da chuva ou sem NUNCA terem sido usados.
O descaso não é só com grandes obras, mas com pequenas ações. Um exemplo é o “Guia Turístico” de Porto Velho, lançado há um mês pela Coordenadoria de Turismo da Prefeitura, aquela mesma do “Natal da Sucatabilidade”. O Guia é um folheto de 34 páginas, bonitinho, útil, mas peca nos detalhes. Nos textos que apresentam os atrativos turísticos, por exemplo.
Na apresentação do Palácio Presidente Vargas, está escrito que o prédio foi inaugurado em 1949. Qualquer pesquisa superficial no Gúgol, mostra que a pedra fundamental do edifício foi lançada em 1948 e, portanto, não poderia ser inaugurado em 1949, até por se tratar de um prédio público… Uma informação que não consta e é importante para o turista, é que o local não está aberto à visitação pública.
Poderia apontar outros equívocos do Guia, mas vou apenas citar aquele que me fez postar este comentário: A falta de revisão. Como podem lançar um folheto com poucas linhas de texto e deixar passar algo como “Estrada de ferro Mosca-de-madeira”? Dois culpados podem ser apontados: o corretor ortográfico ou o estagiário…