Só a memória do Marechal Cândido Mariano Rondon foi capaz de desenterrar a caveira de burro que atrapalhava o uso do Centro Cultural Indígena, elefante branco que foi mandado construir pelo Iphan na área próxima à capela de Santo Antônio. Os prédios estão prontos há mais de três anos, mas a Prefeitura, que administraria o local, não previu no orçamento os recursos para gerenciar o complexo turístico. No último orçamento da administração Roberto Sobrinho, nem no primeiro do Mauro Nazif.
Por ser um terreno “federal”, da área de domínio da finada Estrada de Ferro Maneira-Mamoré, a Superintendência do Patrimônio da União exigiu o cumprimento da legislação e a Prefeitura não conseguiu atender os pré requisitos. O Estado “ameaçou” querer gerenciar o local, mas não foi além da intenção.
Agora a história mudou. A partir da ideia divulgada pelo general André Novaes, comandante da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, de instalar aqui um Centro de Memória em homenagem ao Marechal Rondon, os interessados se aglutinaram.
Encontrei o Antônio Roberto dos Santos Ferreira, superintendente do Patrimônio da União, todo animado. “Agora vai”, disse ele. O Centro Cultural será repassado à Unir, que cederá um espaço para a exposição sobre a vida do Marechal Rondon. A Unir também desenvolverá atividades de campo ligados à arqueologia e à religiosidade.
Fiz a sugestão que os documentos de cessão sejam assinados dia 5 de maio, data comemorativa de 150 anos do nascimento do Marechal Cândido Mariano Rondon e Dia Nacional das Comunicações, por isso mesmo.