08 de fevereiro de 2015

ESSES TITULEIROS SEM NOÇÃO…

Por José Carlos Sá

Na Imprensa de hoje já não existe essa figura, que foi muito importante para aumentar a venda dos jornais: o “tituleiro”. Houve época em que havia um profissional só para fazer isso. Recebia as manchetes dos editores e os diagramadores diziam que tamanho de título queriam e ele completava a tarefa, usando imaginação e malandragem. Se a matéria fosse em uma coluna apenas, o diagramador poderia pedir: “Três de três”, ou seja, três linhas com três letras ou sinais gráficos, por exemplo.

Há muitas histórias, mas esse exemplo que citei é um clássico no folclore do jornalismo mineiro. Diz-que o Brasil dos anos 50, governo Juscelino Kubitschek, passava por uma crise de relacionamento com a ONU. Para testar o tituleiro o diagramador pediu: “3 de 3!” A redação parou e ficou esperando a resposta, que veio em um pedaço de papel datilografado:

JK:
ONU
NÃO

Contam que houve aplausos gerais…

Isso tudo é para dizer que o leitor é “fisgado” pelo título. “Peixes”, iguais a mim, só se alimentam de ”iscas exóticas”, como aquelas que sempre comento aqui. A da “facada de misericórdia”, é o exemplo mais recente.

(Ilustra Internet/Blog Mãe da Joana)

Ontem à noite, quando fazia a ‘ronda’ nos sites caripunas fui fisgado por este título: “Corpo é encontrado com marca na cabeça”. Fui ler imaginando que fosse alguma das ilustrações acima. Mas não era nada disso…

Tags

Brasil editoria de polícia folclore Imprensa Imprensa caripuna JK 

Compartilhar

Comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.

You may use these HTML tags and attributes: <a href="" title=""> <abbr title=""> <acronym title=""> <b> <blockquote cite=""> <cite> <code> <del datetime=""> <em> <i> <q cite=""> <s> <strike> <strong>

*