Os aumentos dos preços dos combustíveis não são fatos inusitados, pelo contrário, acontecem com uma certa regularidade. No ano passado, por ser período eleitoral com o agravante da presidente da República ser candidata à reeleição, os aumentos programados foram suspensos e agora esta “anistia” foi esquecida e a chamada demanda reprimida liberada, como um “indulto natalino”.
Fora as trapalhada$ da diretoria, a Petrobras é uma empresa como outra qualquer, que tem na venda de combustíveis um de seus negócios e funciona pela lei dos mercado, nada mais que isso.
A ilustração, que vi no perfil da humorista Rossicléa no tuíter, lembrou minha infância e uma ideia que tive na época. Sempre no 31 de dezembro havia a contagem regressiva – lembro de uma virada de ano com a contagem feita pelo Cid Moreira – e no dia 1º, a notícia dos aumentos dos preços de tudo, sempre puxados pela majoração dos derivados de petróleo.
Numa noite de 31 de dezembro, enquanto esperava a virada do ano e a indefectível ceia, fiquei pensando: “E se eu segurar o ponteiro grande do relógio? Será que paro o tempo e evito os aumentos de daqui a pouco?” Como eu não tentei segurar o ponteiro, não sei se a ideia teria funcionado.