Já está em exibição em várias cidades do país (Ainda não chegou a Porto Velho) o filme britânico-brasileiro “Trash – A Esperança vem do lixo”. Leia a sinopse aqui. Ao ler sobre o filme, não pude evitar de pensar sobre a nossa realidade nas terras de Rondon e Farquhar.
A Imprensa sempre denunciou, através de insinuações, que havia uma relação promíscua entre dirigentes municipais e concessionários de empresas de coleta de lixo. Isso coisa de muitos e muitos anos.
A questão do aterro sanitário é outra novela que se arrasta. O último capítulo era para ser exibido neste ano da Graça de Deus, de 2014, mas os deputados federais querem enredo para mais 4 anos, na próxima Copa do Mundo (não sei de onde tirei essa relação entre futebol e lixo! Vai saber).
O senhor Mauro Nazif, nas campanhas em que disputou a Prefeitura de Porto Velho, teve no trinômio “cartéis do lixo, transporte coletivo e alagação” seu principal discurso. Empossado como alcaide, viu que o buraco é mais embaixo. Literalmente. Contratos têm cláusulas que engessam – engessam, não, petrificam – de tal forma, que não hã cinzel que as destruam.
O que vemos hoje: A prefeitura diz que rompeu contrato com a Marquise. A Marquise diz que quem rompeu o contato foi ela. A Justiça determina que a coleta de lixo seja feita até o dia 31 de outubro de 2014. A Prefeitura pede dispensa de licitação e anuncia a contratação de um consórcio. O processo de contratação, de imediato, é questionado pela lisura, transparência e etc. Pautado pela Imprensa online, o vereador Everaldo Fogaça, que é oriundo deste segmento, conseguiu aprovar decreto legislativo anulando o ato da Prefeitura. Há pouco fico sabendo que o próprio secretário da Semusb, Ricardo Fávaro, diz ter auto-extinto tudo desde o dia 13/10.
Li, no G1-RO, que a Marquise vai continuar coletando o lixo domiciliar por mais alguns meses, enquanto a Prefeitura tenta consertar as trapalhadas que se sucedem desde o início desta administração.
Ô povinho enrolado, sô. E isso é que não falei especificamente do aterro sanitário. Tem mais trapalhada. (Ilustração: Resol)