Reembarco no voo 4487, da Azul, de Cuiabá para Campinas. Me instalei e logo chegaram três senhoras – depois soube que era a mãe e duas filhas. Fizeram uma confusão para encontrar os assentos certos, congestionando o corredor do avião. Uma das comissárias as ajudou e indicou as poltronas. Ficaram mãe e filha na altura em que eu estava, do lado no corredor, e a outra filha na fileira detrás.
Percebi que a mãe falava comigo – mas do meu lado moco – demorei a entender. Ela perguntava se tinha que usar os fones entregues no momento do embarque.
– Se a senhora quiser assistir a televisão que está à sua frente, sim.
– Eu não quero saber de televisão, não! Como desliga isso?
Mostrei como fazia e fui sintonizar um canal de música, pois seriam duas horas de voo.
Agora era a filha que me puxava pelo braço. Tinha colocado o cinto com a fivela para abrir voltada para o corpo e não conseguia soltar o troço. Dei outra aula, o que suscitou que a outra filha, da poltrona de trás, pedisse para que eu repetisse para ela como era o funcionamento do dispositivo.
Ao agradecer, ela disse: “É a primeira vez que viajamos de avião…” (Aeroporto de Cuiabá/Foto JCarlos)
(Continua)