Quem votou no prefeito Mauro Nazif deve estar decepcionado. A cidade que ele se propôs a ser o executivo não corresponde à Porto Velho real, quase centenária. Mas ninguém pode falar que foi enganado, pois, salvas algumas exceções, todos os eleitores do Dr. Mauro moram no município de Porto Velho real, usam transporte de má qualidade, atolam seus carros nas poças d’água formadas nos buracos das ruas, sabem a rotina imprevisível da coleta de lixo e a escuridão que faz recordar a Porto Velho de antigamente, quando a energia era desligada pontualmente meia noite. Naquele tempo era desligada. Hoje, não tem lâmpada nos postes, quando há postes.
A Porto Velho real continua aí, desafiadora. O ex-prefeito Chiquilito Erse dizia que um mandato era insuficiente para resolver os problemas da cidade. Deram a ele uma reeileção, infelizmente Chiquilito adoeceu e morreu. Ao sucessor, Carlinhos Camurça foi dada outra chance, nada. Depois veio Roberto Sobrinho. Avançou bastante, mas saiu em dívida com a população e com o partido dele (acho).
Agora, acreditaram na Porto Velho utópica vendida por Mauro Nazif e Lindomar Garçon. Ambos disputaram a candidatura a prefeito de outra cidade (Curitiba?). Mauro venceu a eleição de Porto Velho, capital da Utopia. A homônima, capital de Rondônia, continua esperando o seu administrador que vai tirá-la dos buracos, das valas de esgoto a céu aberto, vai iluminar suas ruas e sua população terá transporte coletivo de qualidade e não precisará se arriscar com os mototaxi-kamikases para chegar ao trabalho.
30 de junho de 2013
A LUA DE MEL MINGOU
Moradores da Rua Neuzita Guedes, no bairro Tancredo Neves, interditaram a rua. Mas não precisava.
(Foto JCarlos/celular)