– Meu nome? Almir, mas é só para minha mãe. Todo mundo me conhece como “Sapinho”, porque sou feio pra *aralho.
Assim fiquei sabendo o nome e o codinome do cara que animou nosso passeio na escuna “Estrela da Manhã V” pela baía de Paraty. Cheio de graça, começou dando as instruções de como usar o colete salva-vidas. Depois de explicar como vestir o colete, amarrá-lo ao corpo; um braço sobre o flutuador e a mão tapando a boca e o nariz. “Depois é dar um longo passo, pular na água e seja o que Deus quiser!” Todo mundo riu amarelo.
Com um bom repertório de MPB (único escorregão foi com o “Ai, se eu te pego”, mas ninguém é perfeito), “Sapinho” foi intercalando músicas com a apresentação dos acidentes geográficos que encontrávamos no caminho.
“Esse veleiro embandeirado é réplica do barco [Beagle] daquele cientista inglês Charles Darwin, que descobriu o Arquipélago de Galápagos e criou a Teoria da Evolução…
… e a ilha, lá atrás, é a Ilha da Bexiga. Há muitos anos deu essa doença que deixa as pessoas cheias de marcas. As autoridades de Paraty levaram estas pessoas para a ilha e as isolaram lá. A ilha pertence ao senhor Amir Klink, que pretende criar ali uma escola de velejadores para crianças. [Longa pausa] Há 10 anos falo isso e ainda não tem nada”… (Fotos JCarlos)