22 de junho de 2012

UMA VILA RISCADA DO MAPA

Por José Carlos Sá

Desde que comecei a me interessar pela história Regional, acho inconcebível visitar a região onde ficava a sede do município de Santo Antônio do Alto Madeira e encontrar como vestígios da antiga cidade apenas a capela de Santo Antônio e o marco comemorativo do centenário da Independência do Brasil, de 1922.
Segundo o professor Dante Ribeiro, a vila de Santo Antônio teve dois momentos: um iniciado por volta de 1860. A vila ficava mais próximo ao rio Madeira, na região onde hoje é a captação de água da Caerd. Depois teve a “Vila Nova”, que foi construída ao longo dos trilhos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, após 1907.
Consta, em relatos orais, que os prédios que existiam no local foram todos demolidos na segunda metade da década de 1960, pelos militares que vieram com a missão de desativar a ferrovia, substituindo-a pelas rodovias BR-364/425 (Porto Velho – Rio Branco; Abunã – Guajará-Mirim).
Para a construção de prédios para recepção de turistas nas proximidades da capela, a Santo Antônio Energia encomendou à Scientia Consultoria o trabalho de identificação do sítio arqueológico. Estão sendo encontrados vestígios de cerâmica e vidro, além de pedaços de antigas edificações.
Fui presenteado pelo amigo Fernando Marques, do Museu Paraense Emílio Goeldi e que colabora neste projeto, com uma foto do início do século 20 e um mapa de onde estão sendo feitas as intervenções.

Esta foto foi tirada a partir da capela, sentido ponte sobre os trilhos da EFMM
Foto de satélite mostrando local da intervenção (foto e ilustração acervo Fernando Marques/MPEG)

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rio Madeira Vila de Santo Antônio 

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