10 de abril de 2012

AGORA EU QUERO

Por José Carlos Sá

A sociedade brasileira é cheia de contradições. Ao mesmo tempo que condena a construção de hidrelétricas,quer se beneficiar dos recursos das empresas, seja para o coletivo, seja para o particular. De vez enquanto comento este assunto aqui no brog. Hoje leio no jornal Valor Econômico (B10):
Municípios irão à Justiça cobrar obras de Teles Pires – A situação das obras da hidrelétrica de Teles Pires, paralisadas há 14 dias pela Justiça Federal de Mato Grosso, pode ficar ainda mais crítica. As prefeituras de Paranaíta e Alta Floresta, os dois municípios que são diretamente afetados pela construção da usina no rio Teles Pires, na divisa entre Mato Grosso e Pará, querem entrar com uma ação na Justiça para cobrar do consórcio empreendedor a execução de obras de compensação que a empresa assumiu durante a etapa de licenciamento ambiental do projeto. Com custo de R$ 3,6 bilhões, Teles Pires é o quarto maior projeto de hidrelétrica em construção no país, só atrás de Belo Monte, no Pará, e de Jirau e Santo Antônio, em Rondônia. As obras tiveram início em agosto do ano passado e, de lá para cá, foram alvo de pelo menos cinco ações do Ministério Público. A paralisação não tem data para acabar”.
E agora, Justiça Federal e ongueiros? Se não há impacto (já que não há obra), não há compensações.
Lembrei daquela piada antiga. O cara entra na bodega do português e pede um copo de laranjada. Ao receber o refresco, pergunta ao taberneiro: – Posso trocar por um pastel? – Pode.
Seu Manuel leva o copo e traz o pastel. O sujeito come o pastel, dá as costas e vai saindo.
– Ora, pá! Não vais pagar o pastel?
– Eu troquei pelo copo de laranjada…
– Então pagues a laranjada!
– Eu não bebi…

Tags

hidrelétricas Justiça Federal Teles Pires Valor Econômico 

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