20 de abril de 2011

A CALHA DO ZÉ DE NANA

Por José Carlos Sá

Calha internacional com jeitinho brasileño

Diálogo em non sense real:

-Boa tarde. Preciso de orçamento para calhas…

-(barulho…) Boas tardes o que é?

-Preciso de orçamento para calha…

-(barulho…) Que tipo de calha?

-Calha de metal.

-(barulho…) Mas de que tipo señor?

-Não sei… deve ser calha comum mesmo.

-(barulho… um tempo … barulho…) Interna ou externa?

-Externa para aparar água. Desculpe mas não entendo de calhas…(já envergonhado com minha ignorância)

-É que existem vários tipos. É reta? Quadrada?

-Pode ser qualquer uma deessas que aparam água de chuva.

-(volta o barulho, um tempo…) Que tamanho? O senõr medio?

-Sim senhora (acertei a primeira!!!). São 8 metros e trinta.

-Não pode señor. Tem que ser 8,40. Vai ser preciso mais 10 cm. O señor medio de punto a punto?

-Sim senhora (já me sentindo idiota de novo). De punto a punto… Mas é melhor que venha uma pessoa para medir e orçar.

-(barulho…) Orçamento não dá señor… Só se for outra semana. Estamos com muita encomenda atrasada.

-Tá bem… Obrigado… (totalmente humilhado)

-Gracias señor. Dispoña siempre… (caraca!!! )

Parei para me recompor, ri de mim mesmo com tristeza, pensei no projeto Acreditar e (de novo envergonhado) liguei pro Zé Carlos de Sá pedindo ajuda. Quem trabalha nasuzina deve entender tudo de calha e de punto a punto.

Acho que isso aí é a tal da globalização. Atendimento boliviano, jeitinho brasileiro, preguiça baiana e solução lusitana. Sua satisfação garantida ou seu dinheiro de volta.

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Asuzina Zé de Nana 

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