O rio está baixo, a estrada está boa e os peixes estão subindo (apesar dasuzina). A vila de Teotônio está agitada. Vê-se vários “estacionamentos” e carros parados para todo lado, em cima das pedras, inclusive. Mas a morte ronda.
A poeira formada pela falta de chuvas dos últimos tempos faz com que o acesso à cachoeira fique perigoso. Quando você é ultrapassado por um carro ou – pior – por um caminhão, convem reduzir a velocidade e chegar o mais perto possível do barranco. A visibilidade é -0.
Voltei de lá agora, já escurecendo. O motorista que ia a minha frente dirigia a uns 60 km/h e eu o acompanhava de longe. De repente sinais de luz, dei passagem e um Fiat passou a mais de mil. Reduzi e esperei a poeira baixar. O cara que estava a frente prosseguiu. Daí a pouco vi as luzes de freio serem acendidas subitamente. Ele deu de cara, mas não chegou a bater, com uma pá carregadeira com a dita cuja em riste e sem nenhum farol, lanterna ou faixa refletiva. O cara deve ter se mijado.
14 de setembro de 2010