No trecho do igarapé Tanques, no bairro Costa e Silva, as crianças alimentam a poluição. Perguntei por que elas faziam aquilo. A maior respondeu: Já está sujo mesmo.
Tenho certeza que os pais delas agem da mesma forma. São pessoas assim que pioram a situação daquele igarapé que há muito tempo tornou-se um esgotão.
Há uns três anos estive lá com o Roni Carvalho. Conversava com um morador. Ele reclamava que o “povo” jogava lixo no local. Mal ele fechou a boca, a esposa dele, que estava no ‘jirau’, tascou um tanto de entulho no igarapé. “Seu menino” sorriu sem graça e eu disse à senhora: não demora muito e essa lixarada voltará para dentro de sua casa.
O tempo segue e as coisas não mudam. Será que adianta o ‘poder público’ ir lá – como já foi – limpar o pobre igarapé se as pessoas continuarem agindo dessa forma? (Fotos: Marcela Ximenes)