O poeta paraibano Jessier Quirino conta um ‘causo’ do matuto que foi ao cinema assitir a um filme “artamente internacioná”. Lembrei disso ontem a noite quando fui buscar a Mar no nosso aeroporto internacional. Fui direto ao quadro de partidas e chegadas. O vôo constava da lista, mas no lugar do horário de chegada a frase “consulte a companhia aérea”.
No balcão uma sorridente atendente informou que o vôo estava no horário, com chegada prevista para as 22hs50.
Fui para a praça de alimentação – que não via uma vassoura há tempos – e pedi um chope e um sanduiche natural, “daqueles ali”. A sonolenta garçonete voltou com o chope e a informação: “Estamos sem os ingredientes para fazer o sanduiche. O senhor deseja outra coisa?” “Mas e aqueles sanduiches que estão no expositor?” “Aquele ali é só de demonstração…” “Ah! Obrigado.”
O relógio marcava 23hs e o serviço de som mudo. Fui novamente ao balcão e outra atendente disse que o avião já estava no solo. “Mas eu não escutei o aviso da Infraero…” “É. Não é anunciado”. Me dirigi à sala de desembarque e a Mar já me procurava. Levei um carão.
Fiquei pensando. Será que, por economia, a empresa não paga a taxa de avisos ou é a Infraero que não dá colher de chá para as empresas pequenas.
23 de outubro de 2009