Desculpe, amada leitora, prezado leitor, se os fiz cerrar os cenhos e ficar com as faces rubras com o título desta publicação. Não tem maldade, logo vão entender.
Quando as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal, a família real já havia fugido para o Brasil. D. Pedro (futuro D. Pedro I) tinha 10 anos. Cerca de 215 anos depois desses fatos, as duas personagens históricas – ou o que restou insepultas delas – se encontraram pela primeira vez em forma de notícias.
O coração de D. Pedro veio ao Brasil para a festa do bicentenário da Independência e o pênis do Napoleão voltou a ser lembrado por causa da matéria da BBC News sobre o lançamento do livro “Napoleon’s Privates: 2500 Years of History Unzipped (As Partes Privadas de Napoleão: 2500 Anos de História Expostos, em tradução livre)”.
Em ambas as histórias, “especialistas” levantam especulações sobre os órgãos extirpados. No Brasil, acharam o coração do D. Pedro inchado, maior do que o tamanho normal.
Eu pensei: Será que o coração cresceu por causa de algum barbeiro (Panstrongylus megistus) que picou o imperador e ele pegou a doença de Chagas? Tem que se dar um desconto, pois o órgão está há 188 anos preservado em produtos químicos que eram usados na época, pois o formol ainda não havia sido descoberto…
Já o bilau napoleônico é cercado de histórias e o pedaço de carne humana pode até não ser os documentos do Napoleão.
Como dizem, no Brasil não se morre de tédio.