A imprensa tupiniquim apelidou de “desembarque” a ação premeditada e oportunista dos partidos da base aliada em abandonar a Nau Capitânia que está à deriva. Acho que a palavra “desembarque” não retrata a realidade.
Ninguém “desembarcou” do Titanic; ninguém “desembarcou” do Metropolis (navio que trazia homens, ferramentas e trilhos para a construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré). Todo mundo pulou fora; caiu na água; salve-se quem puder; save their souls, dizem os americanos/ingleses; ou se vira, negada, no nosso dialeto pátrio.
O senador Valdir Raupp, no evento do Sebrae hoje de manhã, disse que está “com dor no coração” ao deixar de apoiar o governo e “votar ‘sim’, pelo impítima da presidente Dilma, contra quem ele diz não ter nenhuma queixa. E eu acredito.
O âncora do Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Tiago Uberreich comentou o “desembarque” assim: “O PMDB nunca ficou no dilema de abandonar o governo e deixar os sete ministérios. Desembarcando agora e votando no impeachment da presidente Dilma, o PMDB fica com TODOS os ministérios, com todo o governo!”
É.