Uma amiga, contratada há poucos dias para trabalhar em um dos presídios da cidade, deixou a bolsa aberta, de bobeira, em cima da mesa. Um detento, que foi ao setor consertar o ar condicionado, subtraiu o celular dela. O aparelho era de estimação do marido, mesmo com algumas avarias e sintomas próprios da idade (Alzheimer & Parkinson), o telefone funcionava quando queria, mas isso é detalhe. Ele funcionava.
Registrado o B.O. do furto e comunicado ao diretor do presídio, minha amiga não precisou esperar muito uma solução que ela duvidava que houvesse. Foi chamada à sala do diretor que logo pediu as características do aparelho. “É esse?” “É sim. Como o senhor recuperou?” “Foi o preso quem devolveu”.
Além de ficar livre de uma possível acusação de fornecimento de produtos proibidos, minha amiga teve argumentos irrefutáveis para convencer o marido a trocar o celular quem nem o presidiário quis.
Ah, sim. Ainda ganharam como consolo um chip raspado.
07 de maio de 2012