Usei um título políticamente e capilarmente incorreto para reproduzir os cálculos do meu amigo Lúcio Barros – que eu já apresentei aos leitores – sobre o desmatamento de Rondônia e da Amazônia. Ouçamos:
“Zé, confere aí, por favor.
Desde o tempo em que eu trabalhava na Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia (atual Sedam), em 1987/1988, ou seja, há 20 anos, ouço essa estória de que o desmatamento (antes eram as queimadas) em Rondônia (agora é na Amazônia) ocorre na proporção de um campo de futebol a cada 8 segundos (http://br.geocities.com/pri_biologiaonline/queimadas.html) ou 60 segundos por 8 campos = 7, 5 campos de futebol por minuto ou 60 X 7,5 = 450 campos por hora e 24 X 450 = 10.800 campos por dia.
Fui pesquisar: O Mineirão mede 110 X 75 metros (confira em http://www.descubraminas.com.br/DestinosTuristicos/hpg_pagina.asp?id_pagina=1398&id_pgiSuper=) o que equivale a 8.250 M², ou 0,825 hectares ou 0,0082 Km² (confira a conversão em http://www.rumbo.com.br/htm/viagens/conversor_medidas/br/area_pt.htm )
Então são 10.800 campos de futebol por dia vezes 8.250 m² (tamanho do mineirão) = 89.100.000 m² mineirões que são queimados ou desmatados todos os dias.
No ano são 365 dias X 10.800 campos de futebol = 3.942.000 campos de futebol ou 351.232.200.000.000 m² (vou converter em km² para ficar mais fácil)
Convertendo fica: 351.232.199,99 km² destruídos em um ano.
Pois bem, meu caro Zé, a área de Rondônia é de 238.512,8 km² , segundo o site do Governo Estadual. (http://www.rondonia.ro.gov.br/conteudo.asp?id=180) o que equivale dizer que em uma ano o Estado é devastado 1.472 vezes a área do seu território. Incrível como o mato cresce rápido por aí. Rsrsrsrsrsrsrsrs
E olha que só fiz a conta de um ano. Já pensou se eu tivesse feito pelos 20 que ouço essa conversa ?
Zé, eu acho que errei nos cálculos. Só pode ser. Confere aí por favor e fala que eu estou errado e os cientistas (Philip Fearnside, que foi o primeiro a falar isso, que eu me lembre) estão certos, senão vou ter que levar uma samambaia de presente pro meu filho mora ai.
Abração, Lucio”