21 de dezembro de 2016

Mesmo um batonzinho faz falta

Por José Carlos Sá

(Ilustra Márcio Bortolete/Gente de Opinião)

(Ilustra Márcio Bortolete/Gente de Opinião)

Nos últimos meses temos assistido uma discussão grande sobre o arrocho nas despesas governamentais, tendo o Executivo Federal dado o exemplo propondo medidas de contenção para os próximos 20 anos. Os governos estaduais precisam seguir o exemplo vindo de Brasília para conseguir sobreviver à crise que atinge a todos. Três grandes estados já sucumbiram: Rio Grande dos Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro foram – por motivos diversos – à falência.

Rondônia, que conseguiu manter-se flutuando agarrado em um salva-vidas de austeridade, vê agora a possibilidade de naufrágio devido ao proselitismo dos deputados estaduais que querem ficar bem com os sindicatos; esses pressionam o parlamento mesmo sabendo que no futuro os nobres deputados não garantirão o pagamento das folhas de vencimentos  nem deles próprios. É apostar no caos.

O secretário de Finanças, Wagner Freitas, através de pronunciamentos em vídeo e áudio, reproduzidos em outras mídias, fez um apelo para que seja firmado um pacto de austeridade. Ainda não vi a adesão de ninguém. O governo do Estado deve dar o exemplo acabando com secretarias que (ainda) só servem de cabide de emprego, fundindo outras que tem atividades afins, como foi feito no governo Bianco e escangalhado no governo Cassol.

Ainda resta outra fonte de renda para o Estado, os royalties dasuzinas e o ICMS das seis turbinas de Santantonio, que estão impedidas de gerar energia e impostos por capricho de uns poucos deputados. Esta renda extra, no entanto, é desdenhada pelo governador Confúcio Moura, que compara os recursos a “um batonzinho nos lábios”.

Na situação que estamos, mesmo um batonzinho faz falta…