O Lúcio Albuquerque pediu um texto para a edição de natal do Alto Madeira, com o tema “Meu natal preferido”. Fui buscar nos porões da minha memória e encontrei esta história:
A festa da cesta de natal
Quando eu era criança, ganhávamos roupas de presente que eram usadas na missa de Natal, uma cerimônia que me impressionava, pelas vestes do bispo e dos padres que concelebravam a missa. Os brinquedos vinham no Dia de Reis, 6 de janeiro. Como o salário que meus pais recebiam na ferrovia era pouco, meu irmão e eu ganhávamos jogos (uma caixa de jogo para os dois) e a minha irmã ganhava o brinquedo dela.
Mas a nossa maior expectativa era para a chegada da “cesta de natal”, que o meu avô comprava a prestação todos os anos.
Não me recordo de tudo que compunha a cesta, mas sei que era muita coisa. Minha mãe nos arrumava como se fôssemos para uma festa, todos em roupa de gala para ir à casa dos avós. Contratava-se um fotógrafo para registrar a abertura da cesta. Era um grande evento! Esta é a minha recordação dos natais da infância.